Desenvolvida para atender a três funções – caixa de gordura, de inspeção e de águas pluviais – a Caixa Múltipla deu à Tigre um dos prêmios do Troféu Expressão de 2001. O produto consiste de kits compostos por componentes intercambiáveis que, em função da necessidade da instalação, podem ser montados para uso de qualquer uma das três versões. Como é produzido em polietileno, que não sofre ataque químico do esgoto sanitário, o produto deve substituir as tradicionais caixas de concreto e alvenaria. Também conta a favor da Caixa Múltipla o fato de ser facilmente adaptável a qualquer local, já que conta com prolongadores utilizados em casos de terrenos com desnível. Além disso, as ranhuras presentes no corpo e na base garantem a fixação da caixa no terreno, sem necessidade de utilização de cimento.
Com a tecnologia empregada, na qual o polietileno é injetado a baixa pressão, assistido por gás nitrogênio, o produto alia alta resistência estrutural e baixo peso. Além da facilidade de transporte, o produto conta com isolamento que impede a passagem de odores e garante que a água do solo não entre na caixa, ameaça nos terrenos próximos ao mar, por exemplo. O rol de vantagens do novo produto da gigante nacional de tubos e conexões inclui facilidade de acabamento junto ao piso, em função do formato quadrado, além de resistência a peso, já que suporta até 500 quilos de carga. A caixa para águas pluviais tem um desnível entre a saída e o fundo equivalente a seis litros, para acúmulo de sedimentos sem obstruir a rede de drenagem. As facilidades de instalação contribuem para que o custo do novo produto seja inferior ao sistema tradicional.
A parte externa das instalações residenciais de esgoto, que conduz às águas servidas da edificação para a rede pública de coleta ou para uma fossa, é executada enterrada sob o piso, e necessita de caixas de inspeção, por exigência de norma (NBR- 8160). As caixas de inspeção têm por finalidade servir de pontos de acesso para desobstrução e limpeza dessas tubulações. São aplicadas nos pontos de mudanças de direção de tubulações, na interligação entre os trechos, e em pontos de acesso intermediário em trechos muito longos. Essas caixas precisam ter tampa hermética, para evitar a saída de odores para o ambiente. Também por exigência de norma, nos trechos de saída do esgoto de cozinhas, deve ser utilizada uma caixa de gordura, que tem por finalidade acumular a gordura proveniente desse despejo, evitando que seja conduzida para a rede pública e cause obstruções. Nesse tipo de caixa, a gordura que fica retida através de um septo ou sifão deve ser retirada periodicamente. Assim como as caixas de inspeção, essas caixas de gordura também devem ter tampa hermética, para evitar a saída de odores para o ambiente.
Quando a captação das águas pluviais da residência é conduzida a uma rede enterrada de tubulações, também são necessárias caixas intermediárias, aplicadas nos pontos de confluência de trechos, mudanças de direção, ou pontos intermediários em trechos longos, que têm por finalidade auxiliar na captação da água de drenagem do piso, reter os sedimentos carreados por essas águas e prevenir obstruções na rede. Essas caixas precisam ter a saída elevada em relação ao fundo, para permitir o acúmulo de sedimentos, e ter tampas tipo grelha, para captar a água da superfície. Atualmente existem as seguintes alternativas para a construção das caixas citadas acima: as construídas no local, em alvenaria ou concreto; montadas com elementos pré-moldados de concreto ou argamassa armada, unidos entre si com aplicação de argamassa no local.
Na grande maioria dos casos, tanto para as caixas de inspeção, como para as caixas de águas pluviais, são utilizadas as duas alternativas citadas. Além dessas opções, em 1999 foi trazido para o mercado brasileiro um modelo de caixa de inspeção em plástico (polipropileno) da marca Supra (importada da Itália) que pode ser usada também para águas pluviais, mas que não pode ser usada como caixa de gordura. Para as caixas de gordura de residências, em muitos casos são utilizadas caixas sifonadas de PVC de DN 250mm, fabricadas inclusive pela Tigre. Essas caixas trazem o inconveniente de terem volume inferior ao necessário para esta aplicação, exigindo limpeza frequente e desempenho inadequado ao uso. Entretanto, são utilizadas devido ao baixo custo e à facilidade de instalação que apresentam em relação às caixas moldadas em obra.
No exterior (Europa e exportados para América Latina, Argentina, etc.) existem diversas alternativas de caixas de inspeção em plástico, entre as quais podem ser citadas as da Polypipe e Wavin. Os corpos dessas caixas são constituídos de segmentos de tubos de diâmetros da ordem de 300mm. Não existe nenhum sistema de caixa similar à caixa múltipla, em módulos componíveis, que atende aos diversos usos. A linha Caixa Múltipla atende a três usos diferentes: cx. gordura, inspeção e águas pluviais. As caixas já vêm pré-montadas, bastando completar com Tampa ou Grelha e com Prolongadores, se necessário. Fácil de montar – basta encaixar as peças através das juntas elásticas. Estanqueidade – as juntas elásticas garantem contra vazamentos de esgoto para o solo (que podem poluir os lençóis de água e fazer o solo ceder) e garantem que a água do solo não entre na caixa (como acontece em regiões com nível do lençol de água muito elevado, litoral, por exemplo).
A Tigre S. A. – Tubos e Conexões, nasceu da ousadia do jovem empresário João Hansen Júnior. Em 1941 ele adquiriu, em Joinville (SC), uma pequena fábrica de pentes, na época fabricados à base de chifres de boi. Atento e empreendedor, Hansen percebeu que o aparecimento dos pentes de plástico, baratos e coloridos, poderia ser um temível concorrente dos exemplares que fabricava. Em 1945 decidiu adquirir uma máquina injetora de plástico para confeccionar pentes, boquilhas para cachimbos e piteiras para cigarros e charutos. Mas foi a produção de leques e acessórios variados em larga escala que levou o empresário a conhecer os segredos da nova matéria-prima; aguçando, por outro lado, sua curiosidade em pesquisar outras possibilidades de utilização do plástico. Nos anos 50, a Tigre implantou com pioneirismo no Brasil as mangueiras de PVC flexível e logo em seguida os tubos e conexões de PVC rígido. A partir do processo de internacionalização que decidiu iniciar no final dos anos 70, a empresa consolidou bases para exportações através de subsidiárias que levam as mais variadas linhas de produtos a todos os países do continente sul-americano, além de Nigéria, Angola, Porto Rico, Guatemala, Estados Unidos e Canadá. Hoje, a Tigre detém 60% do mercado nacional de tubos e conexões de PVC e é uma das cinco maiores empresas do mundo no segmento.
Fonte:
http://www.expressao.com.br/finep/premio_finep_venc.htm
http://www.malandrino.com.br/home.htm
http://www.tigre.com.br/htdocs/interna.cfm?file=shw_index&lin=55&dica=1&seg=2
acesso em junho de 2002