Meio Ambiente

“Aquecedor Solar ASBC”

A empresa Sunpower desenvolveu o Aquecedor Solar de Baixo Custo (ASBC). Em 2001, ela se transformou na ONG Sociedade do Sol por atuar sem fins lucrativos e com função social. O que o criador do ASBC, Augustin Woelz, pretende é conscientizar a população para o problema do gasto de energia elétrica. Ainda como incubada do Cietec, a organização distribui gratuitamente kits educativos para escolas públicas. De acordo com Woelz, o alvo são as 200 mil escolas de ensino fundamental e médio do Brasil. O ASBC é um projeto do tipo “faça você mesmo”. Com materiais simples e de fácil aquisição, pode-se montar um aquecedor com cerca de R$ 100,00. A ONG oferece um manual de construção e dúvidas. “O projeto é motivacional. Famílias carentes podem diminuir em cerca de 30% o consumo de energia elétrica com o ASBC”, comenta Woelz. Para a montagem são necessários um misturador e um dimer, algumas peças, como canos, duas ou três peças de forro de PVC, isopor, fitas e adesivos.

 

O Aquecedor Solar Tradicional não consegue rivalizar, tanto em baixo consumo elétrico quanto o de água, com o do chuveiro elétrico. O conforto oferecido pelo aquecedor solar tradicional é do mesmo tipo que é proporcionado pelo aquecedor elétrico de acumulação. Na comparação, o solar conta com uma vantagem: Até 80% da energia que seria consumida pelo reservatório elétrico de acumulação pode ser fornecida gratuitamente pelo sol através do uso de coletores solares. O ASBC, tal como está sendo concebido, tem condições de competir com as vantagens energéticas e econômicas do chuveiro elétrico. A ideia básica de qualquer aquecedor solar é a de pré aquecer água para que sistemas térmicos posteriores, assumam a função de calibradores da temperatura da água. No caso da união ASBC com chuveiro elétrico, a água é pré aquecida e ao chuveiro é deixada a função de temperar a água ao gosto do usuário.

O ponto de partida deste projeto foi dado logo após o início de operação de uma empresa sediada no Vale do Paraíba, em 1991, da qual os inventores José Ângelo Contini e Augustin T. Woelz fizeram parte. Logo após o início das atividades, a equipe veio a saber pela diretoria do SEBRAE-SP que este estado ainda não estava representado por uma empresa que tivesse clara vocação ambiental, para poder preencher o “Stand” paulista, na área da exposição das indústrias da ECO 92.( Evento ambiental patrocinado pelas Nações Unidas, realizado no Rio de Janeiro em Junho de 1999). Foi este o momento em que se iniciou a ideia de oferecer, nacionalmente, um produto solar à sociedade, que pudesse gerar água quente para o banho e que fosse tão econômico que qualquer um pudesse almejá-lo que simultaneamente cooperasse na futura redução das emissões de CO2.

Em questão de três semanas foi construído o primeiro protótipo, baseado em filme de PVC soldado, corpo em papelão corrugado à prova de água, cobertura em de filme utilizado em estufas de flores e reservatório de água baseado em caixa de “Isopor”. O conceito foi apresentado ao SEBRAE e logo aprovado e a exposição obteve êxito. Mas o verdadeiro ASBC demandou mais oito anos de pesquisa para alcançar seu atual potencial de concretização. Neste momento a equipe, representada pela empresa Sunpower Engenharia, reside numa incubadora, o Centro Integrador de Empresas Tecnológicas, CIETEC, em S. Paulo. O período de residência é de até três anos, o suficiente para um residente levar o seu projeto até o ponto de poder sobreviver por conta própria. A Incubadora não financia os projetos. Simplesmente ampara, com secretaria, espaço físico e permanente consultoria, empresarial.

Em 1992 esta equipe já apresentou um protótipo, ainda não operacional, de um ASBC, na feira industrial que complementava o evento ECO 92 no Rio de Janeiro. O ASBC pôde tomar corpo a partir do momento em que a equipe foi convidada a participar do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas, da Universidade de S. Paulo, o CIETEC, sob o nome Sunpower Engenharia, aonde está presente desde 1999. Segundo Woelz, “”o aquecedor foi patenteado em 1999, mas estou abrindo mão da patente para que todos tenham acesso a essa tecnologia”

Fonte: http://www.sociedadedosol.org.br/

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/06/07/eco243.html

acesso em dezembro de 2002

http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2003/jusp658/pag0607.htm

acesso em fevereiro de 2004

Agradeço ao inventor Augustin T. Woelz (info@sociedadedosol.org.br) pelo envio de sua foto e do inventor José Angelo Contini (thermotini@thermotini.com.br) em janeiro de 2003