Meio Ambiente

Reciclagem de Pneus

Responsável pela descoberta de nova tecnologia de reciclagem de pneus, a empresa Midas Elastômeros, que fica em Itupeva, interior paulista, trabalha há quatro meses, de forma experimental, com a técnica. Os bons resultados fizeram com que a fábrica da empresa entrasse em produção de grande escala, começando com a expectativa de 5 a 6 milhões de pneus e outros resíduos de borracha reciclados anualmente. Desenvolvida por um engenheiro brasileiro, funcionário da empresa, a tecnologia é inédita no mundo. “Nosso processo é único, porque é o primeiro que separa o nylon, o aço e a borracha. Os outros apenas picam os pneus e os encaminham para usos restritos”, disse um dos diretores da Vibrapar, Alexandre Malvazzi.

 

A invenção é tão importante no processo de reciclagem que o nome do inventor é mantido em segredo pela empresa. A informação é de que se trata de um engenheiro químico e mecânico, com título de doutor que, curiosamente, projetou o sistema de separação dos compostos do pneu e teve de engavetá-lo por falta de empreendedores que apostassem na ideia. A intenção da empresa é patentear a tecnologia para ser licenciada a empresas internacionais. “Fomos visitados por gregos, italianos, holandeses, argentinos e americanos, que ficaram pasmos com o que viram. Mas, não deixamos chegarem muito perto”, comenta um dos controladores da Vibrapar (subsidiária da Midas), João Deguirmedjian. A fábrica tem capacidade de reciclagem de 20 mil toneladas/ano, sendo que desse total serão aproveitados 70% de borracha (em pó), 20% de filamentos de aço e 10% de fibras de nylon. O aço pode ser vendido de R$ 50 a R$ 70 a tonelada, já a borracha que, quanto mais fina a sua granulação maior o valor de comercialização poderá ser comercializada entre US$ 200 e US$ 1.100 a tonelada.

João Deguimedjian afirmou que o aço será vendido a sucateiros que revendem às siderúrgicas que o derretem aproveitando como insumo virgem. A borracha será comercializada diretamente com indústrias de tapetes, solados e calçados, pneus e outros artefatos que levam o material. A borracha reciclada pode substituir 30% do material virgem, o que contribui com os índices de aproveitamento. A invenção chega em bom momento para o país, é que no Brasil descarta-se 20 milhões de pneus de todos os tipos e, em janeiro próximo entra em vigor a resolução 258/99, do Conama, segundo a qual rege que de cada quatro pneus produzidos ou importados pelo em território nacional, um terá de ser reciclado.

Desde o final de 2001, a empresa recicla pneus por um processo que separa todos os insumos usados na produção original: nylon, negro de fumo, borracha e aço. O problema do recolhimento dos pneus usados acabou em janeiro, quando entrou em vigor uma lei que proíbe o descarte desses produtos nos lixões. Para não serem multados, os consumidores pagam para que a Midas recolha os pneus a serem reciclados. O projeto da Chemi Market para as embalagens de óleo exige investimento inicial de US$ 5 milhões, com retorno em dez anos. No primeiro ano, a projeção é reciclar 15 mil toneladas de embalagens, até chegar a 35 mil toneladas.

 

Fonte: http://www.ecoviagem.com.br/fiquepordentro/def_fiquepordentro.asp?codigo=1395

http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00204/0021604empresa_patentia.htm

http://www.estadao.com.br/ciencia/aplicada/2001/nov/28/121.htm

acesso em março de 2003

http://www.midas.com.br/midas.com.br/

acesso em maio de 2005