Fármacos

Pomada Minâncora

Com 87 anos de mercado, a Pomada Minancora, tornou-se símbolo de tradição e confiança de seus usuários. A consagração popular desta Pomada diversificou e aperfeiçoou a sua aplicação e uso, tornando-se um dos medicamentos mais utilizados com segurança, por gerações e gerações em todo o Brasil. A exclusiva fórmula da Pomada Minancora (composta por um agente secativo Óxido de Zinco, um agente anti-séptico Cloreto de Benzalcônio, uma substância analgésica Cânfora e um emoliente Óleo Mineral) que tem sua essência até hoje preservada, seca e cicatriza rapidamente espinhas, frieiras e outras afecções da pele, formando um película protetora absorvendo água e provocando a constrição da pele, reduzindo a inflamação cutânea. Esta película envolve e protege a sua pele do ataque de agentes externos e do ressecamento excessivo. Devido a sua poderosa ação anti-séptica ajuda no tratamento e previne as infecções que atacam a sua pele e ainda elimina os odores da transpiração provocadas por fungos e bactérias nos pés e axilas.

O português Eduardo Augusto Gonçalves chegou ao Brasil no início do século XX, atraído pela riqueza da flora e fauna brasileira e com o intuito de pesquisar e desenvolver novas fórmulas para remédios populares, que pudessem atender as carências da época. Em 1913, mudou-se para Joinville, Santa Catarina, onde se casou com a catarinense Adelina Moreira e começou as pesquisas que deram origem à pomada para assaduras, erupções na pele e odor nas axilas. Em 1915, surge a Pomada Minancora e nesse período, outros produtos com a marca Minancora foram lançados, tais como a Lombrigueira Minancora, a Petrolina Minancora, o Específico Minancora Nº 2 e a Minervina. A marca “Minancora” é uma homenagem de Eduardo à deusa grega da sabedoria “Minerva” acrescida da palavra âncora, que significava sua permanência definitiva em solo brasileiro.

Nas primeiras décadas do século passado, Eduardo Gonçalves percorreu de navio e trem diversas cidades brasileiras para propagar seu produto. E em 1929 construiu um sobrado no centro de Joinville, no ponto mais tradicional da cidade, Rua do Príncipe esquina com a Rua das Palmeiras, que funcionava como residência, local de preparação dos produtos e também a Farmácia Minancora para comercializar os produtos. Inicialmente a pomada era vendida na Pharmacia Minancora de Joinville. Para satisfazer às necessidades de industrialização e comercialização do produto, foi fundada, em agosto de 1934, a firma Minancora & Cia. Ltda, hoje com quatro gerações. Além da farmácia, que permanece funcionando com móveis de época, o sobrado hoje ainda abriga a direção, os escritórios e o setor de televendas do Laboratório Minancora. Nos anos 40, Eduardo delegou a responsabilidade pelos negócios da empresa para o médico Oswaldo Altino Dória, casado com sua única filha Lady. Com o falecimento de Oswaldo em 1987, a herdeira Lady Gonçalves Dória assumiu a direção da Minancora. Atualmente, divide as responsabilidades com a neta e advogada Lourdes Maria Dória Duarte, diretora comercial e principal executiva da empresa, responsável por colocar a Minancora em sintonia com os novos tempos.

No passado, as campanhas da pomada Minancora anunciavam uma abrangência muito maior de suas propriedades. Oficialmente ela servia para espinhas, frieiras, micoses, urticárias, assaduras, abscessos, hemorróidas, odor nas axilas e dos pés, queimaduras de sol, ressecamento da pele, cortes, escoriações e loção pós-barba. Já seria muito, mas a propaganda falava ainda em eczemas, inflamações, coceiras, ou seja, quade tudo. Tornou-se assim, item básico de qualquer farmácia caseira. Hoje os laboratórios são proibidos por lei de anunciar usos que não sejam cientificamente comprovados, que, no caso da Minancora, restringem-se ao odor nos pés e axilas, espinhas e frieiras. Mas a fama ficou o que comprova que a propaganda antiga (pouco modesta por sinal), que considerava o produto “um verdadeiro tesouro” e garantia que “nunca existiu igual”, funcionou durante oitenta anos. A partir de 1998, Minancora desencadeou uma série de iniciativas para revitalizar a imagem, procurando ser fiel ao espírito e ao visual da marca, reconhecendo que a força da marca está na percepção que as pessoas tem dela, intimamente relacionada com idéias de tradição e credibilidade.

Fonte: http://www.minancora.com.br 
acesso em dezembro de 2002 
Marcas de Valor no Mercado Brasileiro de Anna Accioly, Joaquim Marçal F. de Andrade, Lula Vieira e Rafael Cardoso Denis, SENAC/INPI, 2000, página 100