Química

Fabricação de Membranas Poliméricas

O aluno de mestrado do Programa de Engenharia Química da COPPE, Roberto Bentes, recebeu oPrêmio Mérito de Tecnologia em Plástico, do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O trabalho desenvolve uma nova técnica para a fabricação de membranas poliméricas, designada espalhamento duplo ou simultâneo. A inovação da pesquisa está em produzir a membrana em uma única etapa, facilitando sua fabricação em escala industrial. Com isso, abre-se uma perspectiva para o mercado nacional, pois hoje toda membrana utilizada no Brasil é importada. A pesquisa é fruto da tese de mestrado orientada pelos professores da COPPE, Cristiano Borges e Ronaldo Nóbrega. 

As membranas desempenham um papel essencial na indústria de processamento. Elas funcionam como uma barreira seletiva para a separação de substâncias, podendo ser aplicadas, por exemplo, na dessalinização da água do mar, uma alternativa para a escassez em algumas regiões do Planeta; na purificação da água para uso em medicamentos, no tratamento de efluentes industriais e na obtenção de produtos que proporcionem melhor sabor aos alimentos. O pioneirismo da pesquisa está na utilização da técnica de espalhamento duplo para produzir membranas através do processo de osmose inversa e nanofiltração, que são aplicados na dessalinização da água e na recuperação de moléculas com alto valor agregado, como enzimas, biocatalizadores e fármacos em geral. 

Através desta técnica, a membrana é produzida a partir do processamento simultâneo de duas soluções poliméricas: uma forma a camada porosa de suporte e outra a camada seletiva. A diferença é que com este método a membrana passa a ser produzida de uma só vez, enquanto que no método tradicional são aplicados sucessivos recobrimentos para formar a camada seletiva. facilitando sua fabricação em escala industrial. Por esta razão, o método desenvolvido pelos pesquisadores da COPPE poderá tornar a fabricação da membrana mais rápida, evitando que esta seja danificada pelo excesso de manipulação. Além disso, é mais atrativa comercialmente, por ser ideal para produção em larga escala, e cria perspectivas para o mercado nacional, tendo em vista que, hoje, 100% da membrana utilizada no Brasil é importada. 

Fonte: 
http://www.planeta.coppe.ufrj.br/noticias/noticia000100.html
 

acesso em março de 2002
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