Automóveis

Motor Híbrido 2

O técnico em mecânica Eduardo Sucar, proprietário da oficina Rocket Motor’s, de São Paulo, transforma o carro a gasolina em híbrido, sem mexer no motor. O motorista pode usar álcool, gasolina ou os dois combustíveis misturados. O sistema é automático e pode ser desenvolvido em carros nacionais e importados, por preços que variam de R$ 350 a R$ 500. Segundo o mecânico, a potência do motor aumenta 20% sem nenhum dano no veículo. Ele diz que tem atendido muitas empresas e motoristas de táxi. Sucar explica que faz um remapeamento no módulo de injeção do veículo, sem a necessidade de alteração mecânica no motor. Ele afirma que o uso do álcool, da gasolina ou dos dois juntos não causa danos no veículo, pois todas as peças que têm contato com os combustíveis são de plástico (tanque, condutores de combustível e o corpo da bomba, por exemplo). “As peças já têm climatação para o uso do álcool”, afirma, lembrando que a gasolina tem 24% de anidro e, portanto, todos carros estão aptos a rodar com o hidratado. 

O mecânico afirma que não quer deixar o cliente vinculado ao seu serviço: “Acabou o álcool, o motorista pode parar em qualquer posto, abastecer com gasolina e prosseguir viagem”, garante. Por isso os carros que passam por sua oficina são conhecidos como híbridos. Ele recomenda, no caso de mistura, 10% de gasolina e 90% de álcool. Segundo Sucar, 98% de seus clientes estão contentes com o carro híbrido. “O custo-benefício é imediato”, afirma, ressaltando que motoristas de táxi que gastavam R$ 60 ou R$ 70/dia passaram a gastar R$ 25 ou R$ 30 por causa do preço do álcool. Sucar diz que aceita transferir sua tecnologia, desde que seja parceiro das empresas que adquirirem o seu know-how. Ele tem seis parceiros nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sucar diz ter estudado engenharia mecânica e iniciado suas experiências em disputas automobilísticas há 15 anos. Segundo o mecânico, nas corridas as motoristas usavam álcool, mas no dia-a-dia abasteciam o carro com gasolina. Para resolver o problema, ele começou a pesquisar e chegou ao carro híbrido.

Sucar diz que acha o álcool um combustível muito melhor que seus concorrentes. “É impossível adulterar o álcool”, afirma, “qualquer substância que for misturada a ele é visível”, continua, ressaltando que algumas peças que ficam em contato com o combustível eram de borracha e passaram a ser fabricadas com plástico. “Isso inibe a ação corrosiva de um combustível adulterado”, esclarece. O mecânico também diz que é favorável ao álcool porque é um combustível não poluente, renovável, de tecnologia nacional e gerador de empregos no país. 

Fonte: 
http://www.petruscommodities.com.br/infopetrus/19-03/mecanico.htm
 
http://www.udop.com.br/diversas/materias/div_19_03_19.htm
 

acesso em janeiro de 2003
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