No Brasil, as atividades no campo das comunicações óticas começaram na Unicamp em 1971, época em que essa nova tecnologia estava longe de ser utilizada em termos práticos no mundo. Em 1973 a Telebrás começou a patrocinar os trabalhos daquela universidade. Incialmente esse patrocínio visava o desenvolvimento e caracterização de lasers semicondutores. Posteriormente a Telebrás decidiu prover fundos para as atividades de pesquisa relacionadas às fibras óticas. Em 1977, o CPqD iniciou suas próprias atividades de P&D visando o desenvolvimento de sistemas de comunicações por fibras óticas e tecnologia de fabricação de fibras. A partir de 1980 o CPqD instalou seus laboratórios básicos para processamento, montagem e teste de lasers semicondutores.
Na área de equipamentos de comunicações óticas o CPqD desenvolveu a família ELO (Equipamento de linha ótica), cujo primeiro membro é o ELO-34. Esse produto é uma unidade de interface ótica destinada a operar com o MCP-480 m redes urbanas e metropolitanas. O ELO-34 utiliza lasers de estrutura dupla GaAlAs/GaAs como fontes de luz e um fotodetor de silício, tipo avalanche, no receptor. Utiliza o código de linha 3B4B transmitindo informações através de uma linha óptica (fibra índice gradual) a uma taxa de 45M bps, com repetidores espaçados a cada 15 km.
O membro analógico da família é o ELO-TV (equipamento de linha ótica pata TV). Esse equipamento foi desenvolvido para atender as necessidades específicas do Sistema Telebrás na interligação de centros de distribuição de sinais de TV às estações locais de TV distantes até 10 km entre si. A portadora de ondas luminosas é modulada em frequência pelo sinal de banda básica (compreendendo um sinal de vídeo e uma sub portadora de FM modulada pelos sinais de áudio).
Fonte: acesso em agosto de 2002
História Geral das Telecomunicações no Brasil, Henry Barros, cadernos da TELECOM Vol. 1 , 1989, página 143