Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Deficientes Físicos

Lupa Eletrônica

Numa pequena oficina em São José dos Campos, Valdemir Ribeiro Borba, de 46 anos, vem se dedicando com afinco ao seu artesanato high tech. Nascido em Presidente Prudente, ele projetou três aparelhos que já ajudaram centenas de deficientes em todo o país. O Vox Tabel, que rendeu a Borba o Prêmio Nacional de Inventos, é um aparelho que reproduz mensagens pré-gravadas. Basta apertar as teclas com símbolos para emitir frases como “quero comer” ou “preciso ir ao banheiro”. A prancheta falante vem sendo usada em UTI’s ou aqueles impossibilitados de falar, ao custo de R$ 1 mil. Já com os mouses Borba até as pessoas que não tem os movimentos das mãos podem lidar facilmente com computadores. Os mouses podem ser usados com o pé ou com os dedos. O best seller da Terra Eletrônica, a empresa de Borba é a lupa eletrônica, de R$ 1 mil. O negócio ainda é pequeno, Borba vende cinco lupas por mês “Acabo tirando grande parte do faturamento de trabalhos convencionais de eletrônica”, diz Terra, como é conhecido desde os tempos de faculdade – porque veio da terrinha. No ramo desde os 13 anos. Ganhou seu primeiro emprego na Teverama, lojinha de Presidente Prudente que fazia consertos em enceradeiras, ferros e aparelhos de som. Logo depois, transferiu-se para uma loja de aparelhos de som. Lá se tornou um dos primeiros técnicos autorizados da Gradiente nos anos 70. Foi sozinho pela primeira vez para a capital, aos 18 anos e instalou-se em uma pensão na Santa Ifigênia para fazer o “treinamento”. “sempre gostei de fazer coisas que falam”, conta o engenheiro. Nos anos 80, tinha um Chevette 86 que avisava quando os faróis estavam acesos, as portas abertas ou a gasolina acabando. Depois projetou placas de som para bancos como o Bradesco, que informavam sobre o detector de metais. Mas muito antes disso, Terra passou seis anos, como pesquisador do CTA, ligado ao ITA, onde fez parte da equipe que criou o primeiro radar meteorológico a cores. Hoje em dia ele se dedica a projetos mais convencionais. Trabalha em um caixa eletrônico que dá troco em moedas. Para o Ford K, fez um viva voz, que faz com que o som dos celulares saia pelos alto falantes do rádio. Mesmo assim ele não pensa em abandonar o pouco lucrativo ramo de eletrônicos para deficientes. Terra não consegue se esquecer do dia em que foi abordado por um senhor em uma feira de inventos. O homem pediu a Borba que inventasse algo para ajudar seu filho de 14 anos que tinha paralisia cerebral. Assim nasceu a prancheta falante.

 

Valdemir é um dos pioneiros da lupa eletrônica nacional voltada para pessoas com baixa visão. Sua microcâmera, acoplada a um circuito eletrônico, consegue aumentar textos e imagens em até 40 vezes, reproduzindo-os em qualquer aparelho de TV. Mesmo com sua produção caseira, realizada apenas por ele e mais dois funcionários, Valdemir já conseguiu vender 700 lupas em seis anos e tem recebido encomendas de outros países. Elas custam R$ 1.200 e são mais baratas que as importadas que chegam custar R$ 2.000. “Comecei a criar estes produtos, desde que o pai de um deficiente me pediu para projetar uma prancheta especial para o seu filho”, conta.

A LUPA ELETRÔNICA foi desenvolvida para auxiliar a leitura e escrita por pessoas com baixa visão que necessitam de grande ampliação de textos e imagem . A lupa é disponível em 3 diferentes configurações para atender situações específicas como visto nas fotos. A LUPA ELETRÔNICA constitui-se basicamente de uma microcâmera aliada a um circuito eletrônico que amplia textos e imagens reproduzindo-os em qualquer T.V. convencional. Reproduz as imagens em vídeo normal ou reverso. Amplia até 40 vezes em T.V de 20″. A LUPA ELETRÔNICA possui iluminação própria, possibilitando a operação com qualquer iluminação ambiente. Sua construção compacta e prática permite a utilização em casa, na escola, biblioteca, escritório, em viagens etc… A conexão é bastante simples, podendo ligar direto na entrada de vídeo ou antena da T.V. ( canal 3 de VHF ) Alimentação 110/220 Volts. A LUPA é fornecida em três versões: manual (uso similar a um mouse), de mesa com suporte tipo abajur ou ainda de mesa com suporte abajur e bandeja “x, y”, que facilita o movimento do texto.

 

Fonte:

http://www.terraeletronica.com.br/defici.htm

acesso em dezembro de 2003

Jornal Valor Econômico data 08.08.2000 página B1 (Empresas & Tecnologia)