O Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, ostenta mais de 400 vasos de plantas com uma base que funciona como gaveta que isola a água do contato externo, inclusive do mosquito transmissor da dengue. De autoria do artista plástico e restaurador Roberto Luiz, este é um dos inventos que a Cooperativa de Trabalho dos Intelectuais e Inventores, recém-criada em Belo Horizonte, está conseguindo colocar no mercado.
O sistema é simples e armazena e veda o excesso de água utilizada quando vai regar as plantas mantidas em vasos. O sistema pode ser usado de duas maneiras: pode vir acoplado ao próprio vaso de flor, evitando os tradicionais pratinhos que deixam água parada, ou em bases independentes para serem usadas debaixo de qualquer outro tamanho de vaso. A finalidade é não deixar que fique sobra de água onde se acumulam microrganismos, principalmente os da dengue. Essa água que é mantida fora do alcance dos mosquitos, já que o recipiente é igual a uma gaveta, que pode ser descartada ou reaproveitada no próprio vaso para manter os nutrientes da planta. A ideia do restaurador é simples mas de uma contribuição muito grande para as pessoas. A gaveta que ele criou é embutida na base dos vasos ou do suporte para vasos, com um ou mais furos que permitem a água cair nessa gaveta, removível e fácil higienização. Roberto quis inventar um tipo de vaso que tivesse essa finalidade, mas que não interferisse na beleza das plantas. O Ministério da Saúde já está de posse do protótipo do sistema, onde já foi avaliado e aprovado conforme carta enviada pelo assessor especial do ministro da Saúde Nilson Vieira de melo de agosto de 1998. O Sindicato dos Inventores de Minas Gerais já encaminhou este projeto para a Câmara dos Vereadores para a aprovação de lei municipal, que obrigue seu uso em todos os prédios públicos municipais, contribuindo para erradicação da dengue.
O artista plástico Roberto Luiz de Lima, responsável pela restauração de elementos decorativos de vários prédios históricos de Belo Horizonte, como o Arquivo Público Mineiro, criou uma base coletora de água para vasos ornamentais, construídos em concreto e fibra de vidro. A base é um sistema simples, que funciona como gaveta, armazenando e vedando o excesso de água nas plantas, onde geralmente se acumulam microrganismos. E em tempos de dengue, o invento ganha maior importância, uma vez que a água usada nos vasos é mantida fora do alcance dos mosquitos transmissores da doença. Roberto Lima confirma que é difícil para o inventor encontrar parceiros no mercado, o que pode ser facilitado pela Coopiib. “A Cooperativa nos dá segurança para trabalharmos nossos inventos”, acredita. A sua intenção agora é buscar empresa interessada em produzir a base em material plástico, de forma que o invento fique acessível à grande maioria da população.
Fonte: http://www.registronacional.com.br/coopiib/imprensa.htm
acesso em janeiro de 2003
Jornal Inventos & Negócios ano 1, número 1, maio 2000 página 3, “Inventor cria instrumento para evitar a dengue”
http://www.inventoresbrasileiros.com.br/center.htm
acesso em fevereiro de 2004
