Pequenas Empresas

“Cano Elétrico”

O técnico em eletrônica Abrahão Lincoln Soares de Lima, 37 anos, residente em Farroupilha há quase 10 anos, projetou e idealizou um cano elétrico para ser instalado no chuveiro. O equipamento possibilita que o usuário economize quantia sensível de energia em dias quentes (cerca de R$ 1,50 por pessoa ao mês) e tome banho com água mais aquecida, que o chuveiro permite durante o inverno, período em que esse consumo aumenta um pouco. O técnico explica que começou a pensar em algo que reduzisse o consumo, pois sua família era grande e os altos custos da conta da luz eram ocasionados principalmente pelo chuveiro. “O aparelho nasceu aqui. Comecei a pensar nele em 1997 e, em 1999, terminei”, destaca.

No entanto, a produção é feita em Presidente Lucena (RS), porque o técnico possui um pavilhão na cidade. A empresa de nome Microcenter emprega 70 pessoas e tem uma produção média de 800 a mil canos aquecedores por mês. Conforme Lima, o produto ainda não está no mercado de Farroupilha, mas em Caxias do Sul, por exemplo, cerca de 500 residências já utilizam. De acordo com ele, principalmente agora, com essas campanhas de redução de consumo, as vendas estão se fortalecendo, sendo que não é só o Rio Grande do Sul que está utilizando o aparelho, mas diversos estados do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Além da conta mensal ficar mais aliviada e a água ficar mais quente no inverno, o uso do aparelho evita os blecautes, pois o consumo de energia vai reduzir sensivelmente no horário de pico (18h30min às 21h – horário que as pessoas mais tomam banho).

No mercado, o aparelho tem slogan “Aquece a água no inverno; economiza energia no verão”, custa R$ 59,00. Diferentemente dos demais canos, ele tem uma resistência de aproximadamente 40 centímetros, o que possibilita que a água se aqueça mais rapidamente. Quando for um dia quente, mas que não é possível tomar um banho com a água completamente fria, o usuário pode deixar o chuveiro acionado na temperatura mínima e utilizar apenas o aquecedor. Nos dias mais frios, o aquecedor complementa até a temperatura máxima que o chuveiro pode oferecer. Segundo ele, se o aparelho fosse produzido em grande escala, custaria cerca de R$ 24. “É quase o mesmo preço das lâmpadas distribuídas pelo governo, e o cano elétrico permite economia sete vezes maior”, compara. “Eu gostaria que o governo se interessasse em distribuir o cano elétrico para a população carente.”

A patente PI0002009 refere-se a um aparelho elétrico para aquecimento da água, com ativação e desativação automática de uma resistência elétrica, de baixo consumo de energia e grande comprimento, introduzida no interior de um cano metálico, ou não metálico, de forma que haja o pré-aquecimento da água que circula pelo interior do cano em contato com a resistência, com o objetivo final de fazer com que a água seja pré-aquecida antes de entrar no recipiente de aquecimento de qualquer chuveiro elétrico, o que irá reduzir o consumo de energia elétrica, bem como proporcionar um aumento significativo na temperatura da água que sai do chuveiro. Tal redução de consumo de energia elétrica se dá pelo fato de que a água terá mais tempo em contato com a resistência elétrica, tendo em vista seu comprimento, o que causará um aumento na temperatura da água, com a vantagem de se estar utilizando uma resistência de baixo consumo de energia elétrica. Indicado para o setor técnico de produção industrial de aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo de água, segundo o INMETRO RESP/002-AAQ. 

Abrahão Lincoln criou o cano elétrico em 1998. Abrahão atuou de 1982 a 1986 na UNISYS Inc. Corporation (Multi nacional Americana) – Sua última função foi de Técnico Líder Sênior em Mainframe e Tele processamento do Departamento Técnico de Manutenção. De 1986 a 1989 Consultor para assuntos de Informática Industrial na PPH – Cia de Polipropileno, localizada no III Pólo Petroquímico em Triunfo – RS. Desenvolveu e Implantou o SGM – Sistema Gerencial de Manutenção (Nome anterior do SIGMA), na Unidade Industrial da PPH, analisando e implementando todos os módulos de PCM, juntamente com a Gerencia Industrial. Na PPH também atuou como consultor juntamente com seu Diretor Presidente Dr. Marcus Vinicius Pratini de Moraes ( Ex. Ministro das Minas e Energia, Ex. Ministro da Agricultura). De 1989 a 1992 Consultor Industrial no GRUPO OLVEBRA S/A (Fabricante do Óleo Violeta) e Analista de Microinformática. Implantou o SGM para o PCM, na Unidade Industrial em Eldorado do Sul – RS. Criou o COPYBREAK – aparelho eletrônico para impedir pirataria e vírus nos Microcomputadores, recebendo a carta patente de invenção de INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. 

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/1652/politica/1652_governo_desliga_justica2.htm
http://www.jornalfarroupilha.com.br/editorial/economia/0105/economia.htm
 
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/06/18/eco734.html?ap
 
acesso em outubro de 2002
 
http://www.sgm.com.br/site/empresa.aspx?id=7 acesso em julho de 2005
 
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