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Dinheiro Simétrico

Artista gráfico, gravador, pintor, programador visual e professor, Aloísio Sérgio de Magalhães interessou-se pelo desenho e pela cultura – em seu sentido mais amplo – desde muito cedo, quando acompanhava os artistas que retratavam a sua cidade natal. Bacharel em direito pela Escola de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco, foi auditor livre na Escola de Belas Artes de Recife. Morou em Paris entre 1951 e 1953 como bolsista do governo francês. Na oportunidade, foi orientado pelo gravador inglês Stanley William Hayter, frequentou seu ateliê (“Atelier 17”) e cursou museologia na Escola do Louvre. No mesmo ano de 1953 retornou da sua viagem à Europa, época em que não só dedicou-se mais à pintura como também se interessou por técnicas de reprodução, gravura em metal, litografia e artes gráficas. Em Recife, participou da experiência do Gráfico Amador.

 

Nesse mesmo período viajou duas vezes ao Estados Unidos. Em 1957, foi convidado pelo governo americano para realizar uma exposição individual em NY. O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, na oportunidade, adquiriu uma pintura de sua autoria. Na Filadélfia, desenvolveu novas experiências gráficas na produção de livros. Colaborou com o gráfico Eugene Feldman na edição de Doorway to Portuguese, que recebeu 3 medalhas de ouro do Art’s Director Club de Filadélfia) e de Doorway to Brasília que foi a primeira publicação internacional voltada para aquela cidade. Em 1958 retornou ao Brasil e lecionou cenografia na Escola de Belas Artes da Universidade de Pernambuco. Após retornar de uma nova viagem aos Estados Unidos, seguiu em 1960 para a Itália, onde participou da Bienal de Veneza. A partir de 1960, passou a residir na cidade do Rio de Janeiro, dedicando-se mais ao campo das atividades gráficas relacionadas com a comunicação visual, sendo considerado um pioneiro deste campo no Brasil. Implantou o seu escritório de comunicação visual e conquistou, entre outros, os primeiros prêmios nos concursos para a escolha dos símbolos da Fundação Bienal de São Paulo e do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro. Foi responsável também pelo desenho das notas do cruzeiro novo.

Aloísio Magalhães praticamente criou a profissão de designer gráfico no Brasil, defendendo sempre o pensamento de que os artistas deveriam reaproximar-se da sociedade através da arte industrial e de massa. “Achei que por meio do design, em trabalhos pragmáticos de uso coletivo, poderia encontrar uma fonte de questões muito mais viva e dinâmica. A ideia de participação do coletivo era o que mais me interessava. A atividade do pintor demasiadamente subjetiva, isolou muito o artista da comunidade e o que me interessava era retomar este contato de maneira direta e participante.” No ano de 1963, colaborou na criação e organização da Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro, dela tornando-se professor, onde ocupou a cadeira de Comunicação Visual. Seu escritório de comunicação visual, congregando alunos e ex-alunos daquela Escola, realizou importantes trabalhos para inúmeras repartições públicas e particulares. Aloísio Magalhães lecionou ainda como convidado na Escola de Arte do Museu de Filadélfia e realizou conferências na Universidade de Yale e no Pratt Institute em Nova Iorque.

 

Fonte: http://www.zaz.com.br/istoe/comport/149618.chtm

http://www.bn.br/fbn/visita/prediosede/amagalhaes.htm

http://www.fundaj.gov.br/docs/aloisio/aloisio.html

http://www.tiagoteixeira.com.br/fatias/conteudo/personalidade/aloisiomagalhaes.htm

acesso em maio 2002