Uma importante criação brasileira, do Eng. Mec. Ronaldo Brochado e do Designer Paulo Sérgio Alves (o PS) deu frutos para a Puma e, após, para a Alfa Metais em Curitiba. O grande diferencial deste projeto foi o chassí com longarinas retas, em perfil ‘C’, sem diminuir a ‘secção’ nas extremidades, como era comum então. Com isso reduziu-se grandemente o custo de ferramental. As travessas do chassí eram tubulares com flanges soldadas nas extremidades de fixação à longarina, também obtidas com ferramental simples. Outra caraterística marcante eram as portas esquerda/direita quase iguais. Ronaldo Brochado explica:“Com isto contratamos a ‘J.C. Modelação’ que fez “um só modelo” com ‘postiços’ que eram trocados de lado para criar o ‘quebra-vento’ e a ‘cava da maçaneta’ nos moldes de laminação de ‘fibra de vidro’ das portas esquerda e direita. Custo reduzido e rapidez para chegarmos, a tempo, no ‘Salão do Automóvel de 1978’ no Anhembi. Tudo deu certo. Interessante mensionar que até um protótipo com ‘Câmbio Automático Allison’ e ‘Motor Detroit Diesel’ foi estudado e construido. Os motores normais eram ‘MWM’ e ‘Perkins’ com caixa de câmbio mecânica”.
O engenheiro mecânico Ronaldo Brochado descreve seu trabalho na Puma: “P/ a Engenharia da Puma, onde fui chefe de 1974 a 1979, era 4000, de capacidade de carga (kg). Ainda em 79 projetei o modelo 6000. Na Alfa Metais, de Curitiba, outros números também foram adotados, mas já se referindo ao peso total do veículo mais carga, de acordo com tendência do mercado. As formas da cabine foram sendo arredondadas, mas o chassi, muito robusto não sofreu muita alteração como constatei em visita à fabrica em Curitiba em 96. Lá cheguei me apresentando como o projetista do caminhão e fui muito bem recebido. Interessante que a fábrica já tinha desestido de fabricar os carros e só fabricava o caminhão (!!!). Os modelos elétricos usaram quase tudo do projeto inicial, mas trocaram o motor e usaram muitas baterias… Um último funcionário, remanecente da fábrica de São Paulo me foi apresentado e quis saber em que setor eu trabalhava. Informei-lhe que era na ‘Engenharia’. Ao que retrucou dizendo: “então você trabalhava com o ‘Brochado'”. De bate pronto coloquei que eu era o próprio, causando gargalhada geral entre os presentes”.
O projeto inicial ‘Projeto Puma 4000’, depois foi recebendo outros números. Ainda na Puma, em 1979, Ronaldo concebeu um modelo mais reforçado que seria o ‘Puma 6000’. Quando a ‘Alfa Metais’, finalmente, comprou a Puma da ‘Araucária Veículos’ (tb de Curitiba) houve mais atenção ao projeto e, com algumas modificações e o chassi inicial, adotaram outras numerações. Seguindo, também, forma tradicional usada por outras fabricantes. 0 4000 e o 6000 se referiam à capacidade de carga. Já as numerações mais altas se referem ao peso bruto, isto é, carga mais tara do veículo, peso total carregado.
Fonte: http://www.pumaclubdobrasil.com.br
acesso em maio de 2002
Agradeço a Ronaldo Brochado (rbrochado@consultant.com) pelo envio de material em setembro de 2004 para composição desta página
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