Meio Ambiente

Reator com Câmaras Verticais

 

Reator com Câmaras Verticais Individuais para Tratamento Biológico de Águas Residuárias Domésticas e/ou Industriais, A aplicação do reator patenteado é uma alternativa técnica para locais com grande adensamento populacional ou que tenham pequena disponibilidade de área para instalação do tratamento de águas residuárias (esgoto, efluentes industriais etc). Entre os principais impactos podem ser citados:

Impacto Econômico: A menor área de instalação reduz os custos construtivos, pois as unidades de tratamento são instaladas com a maior dimensão no sentido vertical, diferente do que normalmente ocorre nos sistemas de tratamento de águas residuárias (maior dimensão na horizontal – apoiada ou enterrada no terreno). Além disso, a entrada do esgoto nas câmaras verticais pode ser em série ou em paralelo, o que possibilita a modulação (sobreposição das unidades) de acordo com o período de alcance do projeto e o aumenta da flexibilidade operacional.

 

Impacto Social: É uma alternativa para tratamento do esgoto gerado por população residente em condomínios (verticais e horizontais) e em áreas densamente adensadas, alagadas e periféricas de cidades, como as comunidades que moram em palafitas nas maiores cidades da região Norte (Belém e Manaus).

Segundo o inventor: “Ao participar de debates com colegas da universidade, de empresas de engenharia e de órgãos ambientais constatava que o elevado aquífero freático aumentava o custo e dificultava a execução das obras de sistemas de tratamento de esgoto em conjuntos habitacionais, edifícios, clubes, hospitais e nos bairros com rede coletora de esgoto gerenciada pela Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA no município de Belém. Posteriormente, como membro ou coordenador de equipes que elaboravam projetos ou fiscalizavam a construção de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário – ETE que utilizavam reatores anaeróbios de fluxo ascendente com manto de lodo (UASB), verifiquei a necessidade de compatibilizar o dimensionamento desses reatores com a área disponível para implantação, especialmente pelos custos de aquisição / desapropriação de terreno serem elevados em locais com grande adensamento populacional, como é o caso da área central do município de Belém. Além disso, a falta de saneamento nas áreas alagadas das duas maiores cidades da Região Norte, no caso Belém e Manaus, me fazia pensar em alguma solução para beneficiar a população que reside nas periferias dessas cidades, que no caso de Belém corresponde a aproximadamente 40% da população total.

Certo dia, ao encaixar 1 porta disquete em cima de outro, para aumentar o espaço livre na minha mesa de trabalho, verifiquei que existe necessidade de otimização do espaço em muitas situações da vida, como ao estacionar o carro em edifícios garagem, construir navios com diferentes pisos, bem como que o mesmo poderia ocorrer em unidades de tratamento de esgoto sanitário, ou seja, construir uma sobre a outra. Alguns dias depois, tive oportunidade de unir pequenos tubos de acrílico para representar a solução idealizada, enchendo-os com água de abastecimento e depois com esgoto sanitário, quando observei alguns aspectos do escoamento e das modificações internas. Até esse momento, fazia esse tipo de pesquisa apenas de forma visual, mais por curiosidade do que por experimentação científica. Posteriormente, intensifiquei os estudos teóricos para viabilizar essa solução, particularmente na redução da área de instalação, na estimativa dos custos de fabricação / construção do reator e na flexibilidade operacional, já que a entrada da água residuária nas câmaras (ou unidades) do reator poderia ser realizada em serie ou em paralelo.”

 

A empresa razãoo social W.A.APOLINÁRIO, nome de fantasia APOLIFIBRA, responsável pela fabricação e instalação do reator na área da Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA, manifestou interesse na produção em larga escala desse equipamento, por entender que essa pode ser uma alternativa para tratamento de esgoto sanitário de comunidades pequenas. Contudo, ainda não foi assinado nenhum documento nesse sentido. Paralelamente, ao tomar conhecimento do custo do sistema de tratamento (reator patenteado, poço de acumulação de esgoto, etc), a direção da COSANPA também manifestou interesse em verificar a possibilidade da utilização dessa alternativa para tratamento do esgoto sanitário coletado em pequenas bacias de esgotamento, em conjuntos habitacionais (verticais ou horizontais) e em comunidades periféricas, alagadas ou afastadas.

Os pagamentos do registro e de todas as anuidades da patente foram, até a presente data, com recursos do próprio inventor. A construção e avaliação do desempenho do reator em escala real teve apoio financeiro do Programa de infraestrutura para Jovens Pesquisadores, do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia – FUNTEC, da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM) do Governo do Estado do Pará, que conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ. Além disso, a COSANPA também colabora com recursos para construção da base de sustentação e de instalações elétricas e hidráulicas do sistema experimental (reator patenteado, elevatória de esgoto etc).Os custos para fabricação em larga escala serão responsabilidade das empresas interessadas. Contudo, a confirmação do interesse e a definição de contrato somente serão realizados em reunião, que deverá ocorrer no mês de dezembro de 2006, logo após o início da operação do sistema experimental instalado na área da COSANPA.

A implementação em escala real somente foi viabilizada pelo inventor ter aprovado a pesquisa “Utilização de Reator Anaeróbio Compartimentado de Câmaras Verticais para tratamento de esgoto sanitário nas condições ambientais da Amazônia Brasileira” no Programa de infraestrutura para Jovens Pesquisadores, do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia – FUNTEC, da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM) do Governo do Estado do Pará, que conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ.

 

Fonte: Agradeço ao INPI/FINEP pelo envio de informações em julho de 2008 para composição desta página