É uma invenção Brasileira do saudoso técnico Goro Magário, depois aperfeiçoado pelos Atletas-pescadores da CBPDS (Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos). Foi testado internacionalmente com sucesso no Mundial de 1988 na França quando a seleção brasileira sagrou-se pela primeira vez campeã do mundo de pesca. Serve como o elo de ligação entre o chicote e a pernada do anzol, oferecendo vantagens sobre o chicote simples. Como o nome “engate rápido” sugere, facilita a troca da pernada e anzol em tempo reduzido. Não se usam nós para conectar a pernada do anzol no chicote; dá-se um nó simples (ou nó gordo) na linha da pernada atraz do qual (desejando-se) coloca-se uma miçanga para segurar a pernada na alça do engate rápido. Os Atletas-pescadores o usam para durante as competições terem rapidez nas trocas de anzóis e mesmo para facilitar a retirada dos peixes embuchados. Durante uma prova é possível, sem prejuizo do tempo, experimentar pernadas curtas e longas, bem como anzóis de tamanhos diferentes, na tentativa de melhorar a performance capturando mais peixes. Se fosse necessário atar um nó cada vez que fosse ser trocada uma pernada / anzol , essa perda de tempo poderia ser a diferença entre vencer ou perder, tornando inclusive mais rápido trocar a pernada e anzol do que tentar retirar o anzol da boca do peixe embuchado (sendo por isso que os Atletas-pescadores vão para uma prova às vêzes levando mais de uma centena de anzóis montados em pernadas).
Já como “rotor”, funciona igual a um distorcedor no ponto em que a pernada é fixada à linha do chicote, assim evitando que as duas se embaracem. Outra vantagem conveniente é que, quando confeccionado corretamente, usando o nó de correr , o pescador pode ajustar a altura dos anzóis sem trocar o chicote. Dessa maneira, o trabalho de “procurar o peixe” é agilizado: pode-se facilmente mudar a altura das pernadas até descobrir a mais adequada. À primeira vista, os rotores parecem ser frágeis, mas são disponíveis em temanhos diferentes, cada um adequado a cada tipo de pescaria, desde a de pequenos peixes até os “maiores”. Além da pesca de praia, o rotor se mostra eficaz na pesca embarcada, principalmente quando se usa camarão vivo como isca. O rotor permite que a pernada gire em torno da linha, deixando o camarão livre para se movimentar mais e cobrir uma área maior.
Segundo Eduardo Paim Bracony montar um chicote com rotores de engate rápido requer um certo investimento de tempo e dinheiro, não sendo recomendável seu uso quando se pesca sobre pedras os peixes “de toca” como a e garoupa (Epinephelus gigas). O rotor não aguenta a força exercida na linha durante o esforço travado quando o bicho entoca e poderia liberar a pernada fazendo perder o peixe (mas isso também é uma vantagem pois quando preso nas pedras você perde um anzol e não o chicote inteiro). Certifique-se de que a miçanga (ou o nó) na pernada é do tamanho certo. Se for pequena demais, poderá passar pela fenda da alça do rotor e deixar o peixe escapar. Como medida de segurança, pode-se fechar a alça do rotor um pouco mais, apertando-a com um alicate. O rotor pode escorregar durante a luta com um peixe, andando em direção à ponta do chicote. Vale a pena conferir sua posição depois de cada captura.
Fonte: http://www.antares.com.br/cbpds/html/rotordeenga.html
http://www.antares.com.br/cbpds/html/nova.htm
acesso em março de 2003
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