Visando uma maior segurança e durabilidade, algumas montadoras de automóveis passaram a posicionar as baterias dentro da caixa de ar existente entre o para- brisas e o capô dos veículos. A guarnição que cobre esse espaço é feita de material plástico, facilitando o acesso de ladrões para cortar os cabos de alimentação da bateria, ocasionando a perda de função do alarme e possibilitando furtos de acessórios, pertencentes ao veículo. O “salva alarme” foi desenvolvido pela Sigilo Ind. Com. em parceria com o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia da Univ. Federal de Juiz de Fora, que visa acionar a sirene do alarme em casos de ruptura de um dos cabos de alimentação da bateria do veículo. Segundo o gerente da Sigilo, Eugênio Cardoso Rodrigues, a ideia surgiu devido ao grande número de carros arrombados que apareciam na empresa, nos quais os ladrões agiam na maioria dos casos da seguinte forma: haviam quebrado a guarnição de plástico que cobre a caixa de ar, que fica entre o capô e o para-brisas, e desligado a bateria, para arrombarem o carro. Como a bateria havia sido desligada, a sirene do sistema de alarme não funcionou.
De acordo com Eugênio Rodrigues, o “Salva Alarme” é um sistema de alimentação reserva para sirenes de alarmes: “Trata-se de um micro controlador, que inclui um chicote elétrico, uma bateria de 9V de níquel/cadmio (igual àquela que é adotada em telefones sem fio) e um led no painel. Toda vez que a tensão do sistema elétrico do automóvel cai, em função da desconecção dos cabos da bateria, ele aciona a sirene do sistema de alarme, que será alimentada pela bateria de 9V”. Para evitar falhas no sistema, o micro
controlador testa a bateria a cada oito partidas, independente do intervalo de tempo, pois o motorista pode dar estas oito partidas em dois dias, uma semana, etc…
A partir da oitava vez, irá acender a luz no painel por dois minutos e, em seguida, apagar. Se ela piscar por dez segundos e forem emitidos dois toques de sirene, é sinal de que a bateria precisa ser substituída. A instalação pode ser feita na própria bateria ou direto no sistema de alarme. Se o proprietário não quiser, pode instalá-lo em qualquer ponto do sistema elétrico e adicionar uma sirene auxiliar à do sistema normal do carro. Esta é a forma mais escolhida pelos motoristas que instalam o “Salva Alarme”, além de não ser necessário alterar o chicote elétrico, o que poderia prejudicar a garantia do veículo.
Fonte:
http://www.critt.ufjf.br/htm_menu/IMPRENSA/crittmidia/crittmidia.htm
acesso em novembro de 2002