Medicina

Sistema de Renovação de Ar para Biotérios

O professor José Merusse, do Departamento da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, teve uma brilhante ideia para aperfeiçoar suas experiências com animais de laboratório. Ele desenvolveu um sistema de renovação de ar para biotérios (viveiros de cobaias e outros animais) bem mais barato e eficiente que os usuais. Seu invento tem como característica principal a ventilação exautora do gás de amônia (liberado pela urina dos animais) diretamente das caixas dos roedores, eliminando a toxidade do ambiente. O prof. Merusse teve de trabalhar em seu projeto de renovação de ar numa pequena oficina montada no fundo da casa de seus pais, para onde levava os roedores.

 

Trata-se de um conjunto composto por estante e caixas para a criação ou manutenção de roedores de laboratório, com respectivo processo de renovação de ar. O equipamento é constituído de um conjunto de caixas dotadas na parte posterior de orifícios em seus dois terços superiores e na parte superior, as ditas caixas são providas de tampas, cada uma delas com inclinação da parte interna pré-determinada e contendo um limitador com região plana e área de insuflação com orifícios; região de depósito com fundo dotado de orifícios ovalados para acesso à ração e bebedouro composto de reservatório, tampa e bico distribuidor, sendo o conjunto de caixas acondicionado em estante apoiada em suportes, com prateleiras e defletores; dita estante deslocável horizontalmente nos trilhos por meio de rodas e contendo ao nível do piso, um duto de exaustão ao longo de toda sua extensão, com diâmetro variável e janelas em suas porções superior e lateral, para captar o ar de exaustão. O processo consiste da insuflação de ar através da abertura, sendo dirigido para as caixas por limitadores superior e frontal dos tipos toldo ou porta; dito ar forçado a passar pelas áreas de insuflação das caixas e sair pela área de exaustão batendo de encontro aos defletores e retirado pelo duto de exaustão.

 

Fonte: Patentes onde o Brasil perde, set/93, Sindicato da Indústria de artefatos de Papel, papelão e cortiça no Estado de São Paulo, pág. 38.