Software

Software Bordador

O software Borda é um programa feito sob medida para os bordadores brasileiros. Possui uma série de vantagens, que com certeza facilitarão o seu dia – dia como bordador. Além da visualização do bordado você, encontrará no Borda: 30 fontes de letras com acentuação em português; Funções de edição de bordados como: rotacionar, deletar pontos ou blocos, espelhar imagens, inserir trocas-de-cor, pontos de amarração, corta fio etc; Repetição e centralização de imagens; Cartela de cores comerciais dos principais fabricantes de linha de bordado, que facilita a seleção de cores; Leitura de formatos Tajima – DST, Happy – TAP, e Melco – EXP, e conversão para formato Tajima; Evita possibilidade de danos no equipamento através da simulação do bordado dentro do bastidor, inclusive imprimindo no “plotter”; Imprime catálogos e “plotter”, função muito útil para bordados recebidos através da internet; Mais 200 bordados diversos, incluindo uma coleção de formas geométricas – elipses, retângulos, círculos, etc – que facilita pequenas montagens.

 

A PAX Informática Industrial incubada no Celta (centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas) é uma empresa especializada no ramo de informática para bordado industrial. Está localizada em Florianópolis, SC. Brasil. Foi fundada em 1993 por Leonardo Cunha Rosa, para por em prática o conhecimentos acumulados durante anos de trabalho em automação industrial, e em seu mestrado em Engenharia Mecânica na UFSC, concluído com a uma tese específica sobre automação de bordado (1988). As raízes do trabalho de Leonardo sobre o assunto, estão no grupo de Pesquisa e Treinamento em Comando Numérico e Automação Industrial (Grucon), um dos mais antigos grupos de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC. Nos anos 80, pesquisadores do Grucon trabalharam durante anos em um projeto de desenvolvimento de sistemas automatizados para a indústria de bordados. Nessa época a reserva de mercado de informática impossibilitava a importação de equipamentos sofisticados para a modernização do trabalho de bordado nas confecções. A equipe do Grucon chegou a desenvolver um sistema de borda completo, totalmente automatizado, que incluía desde a bordadeira com controle numérico, até os softwares para desenho e edição de bordados, desenvolvidos em parceria com fabricantes de equipamentos nacionais. Mas o projeto foi abortado , quando estava prestes a ser produzido industrialmente, devido ao fim da reserva de mercado que abriu o país para fabricantes internacionais, principalmente japoneses, que dominavam a tecnologia há tempos. Daquela experiência restaram os conhecimentos na área de software. Justamente a parte aproveitada por Leonardo mais tarde, que havia trabalhado na equipe de desenvolvimento do projeto, durante seu mestrado no Grucon. Na Pax o trabalho de aperfeiçoamento do software para edição de bordados foi levado adiante.

Trata-se de um software que transforma as informações geradas pelos softwares de criação do bordado em comandos numéricos que podem ser entendidos pela bordadeira “Na época esse nicho de mercado estava totalmente aberto. Os softwares distribuídos no Brasil junto com as bordadeiras estrangeiras tinham várias limitações, como adequação à língua por exemplo. Além de terem preços muito elevados”, afirma Leonardo. Na época o preço dos softwares mais simples que estavam no mercado podia chegar a 8 mil dólares, o que os tornava inacessíveis para pequenas e médias empresas de bordados. Para alavancar seu produto, batizado Borda 1.0 o engenheiro catarinense fez uma parceria coma Marbor, distribuidora para todo o Brasil da Tajima, a líder mundial no mercado de máquinas de bordar. Assim, o Borda passou a ser vendido junto com as bordadeiras, o que permitiu o acesso ao mercado. Daí a liderança no segmento foi um pulo. Em sua terceira versão, o produto é bastante popular entre os bordadores nacionais “o grande diferencial do software Pax está no fato de ele ser amigável com os vários equipamentos e com os diferentes programas de desenho de bordados”, diz o professor Carlos Alberto Martin, que coordenava o projeto de automação de bordados da Grucon.

 

A Pax já em 1995, vislumbrando a entrada de concorrentes internacionais, lançou novos produtos, como o Gerente , um sistema direcionado especialmente às pequenas e médias confecções, que faz o gerenciamento completo da produção de bordados, controlando e armazenando todo tipo de informações sobre clientes, fornecedores, máquinas, materiais, tipos de bordados, serviços já realizados, além de ordens de serviço e relatórios gerenciais. Por outro lado, a Pax passou também a atuar na área de prestação de serviços, dentre os quais a criação de bordados – softwares específicos para isto são pesados e muito caros para usuários sem um grande volume de trabalho – até corte a laser de peças para aplicações em bordados. Os serviços prestados principalmente para pequenas e médias empresas de bordados, já respondem por metade do faturamento anual da Pax.

Outro segmento em que a empresa está começando a atuar é o de hardware e equipamentos, buscando agregar valor e tecnologia ao negócio de software. Em parceria com a ISA tecnologia, também incubada no celta, já foi desenvolvida uma máquina a laser para cortes em bordados termocolantes e apliques. Este segmento também permite prestar serviços técnicos sofisticados em bordado. Um nicho ainda bastante inexplorado no Brasil. Por exemplo cortes de aplicação com precisão para atender a clientes como a Benetton, que faz esse tipo de serviço na Itália e tinha dificuldade de fornecimento no Brasil “Com a enorme popularização verificada nos últimos anos, o serviço de bordado transformou-se em uma commodity. A consequência é que somente os bordadores que exploram as técnicas mais avançadas no ramo vão conseguir valorizar seus serviços”, observa o diretor da Pax.

 

Fonte:

http://www.bordaspecial.com.br/04_soft_borda.htm

http://www.pax.com.br/basic.htm

http://www.finep.gov.br/premio/pre_1999.htm

 

acesso em junho de 2002

Tecnologia & Inovação para a indústria, Sebrae, 2003, página 242