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Spuni

O spuni, spray à base de gás butano, é usado pelo juiz de futebol, para indicar no gramado o local de uma cobrança, evidenciando o posicionamento dos jogadores devem tomar quando da formação da barreira. Invenção do publicitário mineiro Júlio Xavier, o spray foi utilizado nos campeonatos da federação paulista e mineira sem contato prévio com o inventor. A Federação Carioca de Futebol utiliza o recurso desde 2000 em todas as competições das divisões inferiores. “Fomos autorizados pela Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a usar o spray em caráter experimental”, disse o secretário-geral da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Daniel Pomeroy. Segundo ele, o recurso teve sucesso e foi, inclusive, utilizado em alguns jogos do módulo Verde e Branco da Copa João Havelange. A Fifa está em vias de adotar o Spuni. A entidade pretende oficializar o uso do produto para a Copa de 2002.


Outro brasileiro Heine Aleimagne Vilarinho Dias, publicitário mineiro de Ituiutaba, reivindica a autoria da invenção tendo sido testado pela primeira vez durante a Taça BH de futebol júnior em 2000. Assistindo pela televisão um jogo Brasil x Argentina, quando o narrador, irritado com a insistência dos jogadores em avançar sobre a distância regulamentar, retardando as cobranças, disse que gostaria que ver alguém que conseguisse fazer com que a barreira ficasse no devido lugar. “Pensei então, que se eu marcasse de forma provisória o local onde os jogadores deveriam ficar, poderia resolver o problema”, conta Allemagne, que buscou inspiração nos sprays de creme de barbear para criar o seu produto. “Como eu percebi que era uma sacada muito boa eu formalizei, como um projeto brasileiro, o tamanho do tubo, tamanho da linha, a espuma não ser tóxica e ser biodegradável por que tinha que sumir”, explica. Depois de conseguir oficializar o equipamento na CBF, Allemagne levou a sua ideia para a Fifa, onde está sendo analisada e deverá ser testada em breve. Se passar, deve ser implantada no mundo inteiro. A primeira experiência oficial da Fifa era para ter sido feita no Mundial de Seleções Sub 20, que seria disputado no Oriente Médio, mas foi adiado por causa da invasão dos Estados Unidos ao Iraque. A ideia também ganhou adeptos na imprensa europeia. Spray milagroso e espuma mágica foram algumas das definições, recebidas em Portugal e na França, respectivamente.

Em Minas a ideia ganhou força e foi trazida para São Paulo pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah. “O Farah absorveu a ideia. Foi fantástico. Consegui colocar na Taça Sub 21”, relembra Heine. De São Paulo, a espuma ganhou o Brasil sendo usada pela primeira vez em um campeonato nacional na Copa João Havelange, em 2000. Apesar da grande aceitação, Heine garante que não pensou na ideia para fins comerciais. “Sou um idealizador, fiz para o futebol”, comentou. “Eu consegui convencer a fábrica (o laboratório Chemikers) da importância ideológica e eles toparam”.

O spray ficou com o nome de Spuni, é na verdade uma espuma branca feita à base de água, que não é tóxica, não tem odor, não irrita os olhos e nem a pele e não afeta a camada de ozônio. Na sua composição entram água desmineralizada, betaína de coco, aditivos e gás propelente. O spray já foi testado e a marca permanece visível por aproximadamente um minuto, tempo que pode ser aumentado se preciso. Um frasco pode fazer até 25 aplicações, o que da para uma partida. Se o produto for aprovado pela FIFA, também poderá ser aplicado nos gramados cobertos de neve pelo rigoroso inverno europeu. É só utilizar uma versão colorida que ele já pensa em criar.

Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/colunistas/armando/2001/03/armando010325.html

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/01/24/esp173.html

http://www.tribunadonorte.com.br/anteriores/010327/colunas/ricboechat.html

http://www.terra.com.br/esportes/2001/02/09/106.htm

http://www.beesportes.hpg.ig.com.br/bet.htm

http://www.inventar.com.br/inventoteca/h.htm

acesso em janeiro de 2002

http://www.esportes.terra.com.br/2003/05/09/006.htm

acesso em outubro de 2003