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Tracajá

Um barco que possa navegar em rios assoreados, enseadas e alagados, em apenas 10 centímetros de água é a façanha do aerobarco Tracajá I, inventado pelo piloto de ultraleve Roberto Sales Araújo, que está finalizando o modelo definitivo da embarcação. Com uma capacidade para cinco pessoas, ele pode atingir os 50 km/h de velocidade. Ao ver o Tracajá I, parece uma fusão de um bugre, com seu pára-brisa, capota de lona e carroceria de fibra, de um hovercraft, com sua forma oval e de um ultraleve, com uma grande hélice e o motor exposto. “É um aerobarco enquanto a propulsão é aérea, com lemes direcionais, e não aquática”, explica o inventor Roberto Araújo, que é piloto de ultraleves e mecânico de aeronaves, “comecei a pensar nele, observando que na navegação nos rios a calagem é o principal obstáculo”.

Passeios turísticos, linhas entre cidades ligadas por rios e navegação em águas rasas. Estas são as principais vantagens do aerobarco inventado por Roberto Araújo, “existem embarcações similares nos Estados Unidos, nos pântanos das Everglades, mas não oferecem o conforto e a estabilidade deste modelo, até o hovercraft deriva demais, para poder passar nos estreitos canais de um manguezal”, acrescentou Roberto. De fato, em Porto Seguro, por exemplo, o Rio Buranhém conta com grandes belezas naturais, mas é dificilmente navegável na maré baixa, e assim também o Jequitinhonha em Belmonte, onde é possível chegar até Canavieiras, com pequenas lanchas de alumínio, somente com a maré alta, “foi observando estas dificuldades que comecei a pensar no aerobarco, e os meus conhecimentos de aerodinâmica e mecânica aeronaval me ajudar bastante, finalizou Araújo. Agora estou estudando a possibilidade de adotar um motor automobilístico, no lugar do de ultraleve, para reduzir custos e simplificar manutenção”.

Fonte: http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=07&ano=2000&id_materia=17790 
acesso em janeiro de 2002
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