Química

Tubos de Polietileno

Com menos de dez meses de atividade, o Centro de Tecnologia e Inovação da Braskem, localizado em Triunfo (RS), já está rendendo bons frutos para a empresa. Inaugurado em dezembro do ano passado para desenvolver produtos e aplicações e para atender solicitações dos clientes de produtos petroquímicos, o local recebeu investimentos de R$ 8 milhões e atualmente reúne ativos nas áreas de pesquisa e desenvolvimento avaliados em R$ 300 milhões. Segundo o seu diretor, Fernando Cassinelli, o Centro gera por ano cerca de 10 vezes o que é investido. São cerca de R$ 400 milhões anuais, para um investimento de R$ 40 milhões por ano em ativos fixos e novos aportes. A empresa já recebeu 1.418 solicitações de clientes para a utilização do centro em pesquisas ou testes. A Braskem desenvolve cerca de 30 novos tipos de polipropilenos e polietilenos por ano, e conta hoje com 51 novos projetos de inovação em andamento. Com suas cem patentes, a Braskem se consolida em quarto lugar entre as empresas privadas em número de depósitos no INPI. Se forem incluídos centros de pesquisa, universidades e estatais, a Braskem perde algumas posições na lista, mas ainda assim se mantém entre os dez primeiros. 

O Centro de Tecnologia já desenvolveu 101 patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com isso, a empresa está entre as cinco principais companhia nacionais de capital provado em depósitos de patentes. “Nosso objetivo é de tornar os produtos da empresa mais competitivos e melhores para nossos clientes”, disse Cassinelli. A Braskem detém 80% de todos os registros obtidos pela indústria petroquímica no Brasil. Do total de resinas comercializadas pela empresa, 95% foram desenvolvidas por ela própria. A empresa pretende diminuir o tempo de lançamento de novas aplicações dos atuais 14 meses para oito meses, através de um novo modelo de gestão em tecnologia. A Braskem recebeu um certificado do Body Cote, um instituto sueco especializado na análise de tubos. Os tubos de polietileno produzidos pela Braskem receberão uma garantia de 50 anos e poderão ser usados para passagem de gás, água ou esgoto. A empresa começará a comercializar esse tubos no começo de 2004. O produto passou por 10 mil horas de testes, durante dois anos, sob extremas condições de temperatura e pressão. 

O Centro de Tecnologia conta com onze laboratórios com equipamentos de última geração, muitos deles únicos no País. Nele, é possível simular uma indústria de terceira geração, com capacidade de produção e até 800 toneladas mensais, o nível de um transformador de médio porte. Trabalham no local cerca de 150 profissionais, entre eles cientistas com títulos de mestres e doutores. A aproximação com o cliente faz parte dos planos estratégicos da Braskem. Ela pretende ampliar suas vendas customizadas, ser uma fornecedora de soluções para os clientes e não uma fabricante de ‘commodities’ petroquímicas. Segundo os planos de sua direção, a empresa pretende se dedicar a desenvolver produtos de acordo com as necessidades dos compradores, invertendo a ordem habitual do setor, de produzir para vender, passando a primeiro vender e depois produzir. 

Em dezembro de 2000, o Banco Central, liquidante do Banco Econômico S.A., colocou em leilão a participação que o banco baiano detinha na Conepar S.A., holding que detinha participação relevante no capital votante da Norquisa. O leilão fracassa. Em março de 2001, nova tentativa, mais uma vez sem êxito. Em julho, o BC vende apenas a parcela do Econômico. Odebrecht e Mariani, que integravam o grupo vendedor, habilitam-se como compradores. Odebrecht e Mariani vencem o leilão. Começa o processo de integração de empresas, visando a criação da Braskem. A Braskem é controlada pelos grupos Odebrecht-Mariani, que têm participações diretas e indiretas na companhia e o controle acionário da Norquisa, holding que também faz parte do grupo controlador da Braskem. São ainda acionistas da empresa a Petroquisa (braço petroquímico da Petrobras) e os fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Previ (do Banco do Brasil). Suas ações estão sendo negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa) e Nova York. 
A Braskem é a maior empresa petroquímica da América Latina e está entre as cinco maiores indústrias brasileiras de capital privado. A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas da América Latina. Tem 13 unidades industriais, fabrica 5 milhões de toneladas de resinas e produtos petroquímico e fatura mais de R$ 7 bilhões por ano. Seu alvo não é só o mercado local, mas todo mercado latino-americano. A central de petroquímicos básicos de Camaçari (BA) tem capacidade, hoje, para produzir 3,2 milhões de toneladas por ano. As fábricas da Bahia produzem, ainda, 330 mil toneladas de polietileno de alta densidade, 30 mil toneladas de polietileno de ultra-alto peso molecular (produto destinado principalmente ao mercado externo), 60 mil toneladas de PET e 250 mil toneladas de PVC. No Prêmio Finep 2006, Ana Teresa Balliré, da Braskem S/A recebe menção honrosa das mãos de Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia

Fonte: http://www.braskem.com.br/ 
http://www.finep.gov.br/premio/noticia21.htm
 
http://www.petroequimica.com.br/noticias/2003/agosto03/280803.html
 
acesso em janeiro de 2004
 
“Centro de Inovação da Braskem já tem mais de 1,4 mil pedidos de testes” clipping INPI 2003
 
http://www.finep.gov.br/premio/fotos_premiacao_2006/solenidade_planalto/pages/foto_de_joao_luiz_ribeiro_31_jpg.htm
acesso em fevereiro de 2007
 
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