Fitoterápicos

Vicia Graminea

Landsteiner e Levine descobriram, em 1927, dois outros antígenos no sangue humano, designando-os antígeno M e antígeno N. Eles verificaram que algumas pessoas apresentavam um desses antígenos, enquanto outras apresentavam os dois juntos. Estabeleceram, então, outros tipos de grupos sanguíneos, além daqueles do sistema ABO – o sistema MN, composto por três fenótipos; grupo M, grupo N e grupo MN. Nesse caso, os grupos sanguíneos são determinados por um par de alelos sem relação de dominância entre si. Outra diferença que se verifica em relação ao sistema ABO é que no plasma dos indivíduos, não ocorrem naturalmente os anticorpos para esses antígenos. Assim, os anticorpos anti-M e anti-N são produzidos apenas quando há estímulo: se um indivíduo do grupo M recebe sangue de um indivíduo do grupo N, há produção de anticorpos anti-N no receptor; se um indivíduo do grupo N recebe sangue de um indivíduo do grupo M, há produção de anticorpos anti-M no receptor. Apesar da possibilidade de ocorrer reação antígeno-anticorpo no sistema MN, sua importância em transfusões de sangue não é tão grande, a não ser que elas sejam frequentes, pois a pessoa fica sensibilizada.

 

Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh. Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, o grupo sanguíneo Rh+( apresentavam o antígeno Rh), e o grupo Rh- ( não apresentavam o antígeno Rh). No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh+. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN. Os três sistemas de grupos sanguíneos, ABO, MN e Rh, transmitem-se independentemente.

 

Fonte: http://www.biomania.com.br/genetica/eritroblastose.php

http://www.fao.org/ag/agp/agpc/doc/gallery/THviciagram.html

acesso em junho de 2002

Cientistas do Brasil, SBPC, 1998, páginas 331