Mecânica

Lata com Frisos Laterais

A lata de 18 litros com frisos verticais para tintas, massas e texturas é outro lançamento da empresa. A inovação exigiu um investimento de US$ 500 mil. Os frisos verticais visam aumentar a resistência mecânica da embalagem, eliminando a tendência de “embarrigamento” da lata. A patente de modelo de utilidade MU7900876-3 refere-se a “Disposições introduzidas em frisos para latas” do tipo quadrangulares, constituída por lâmina metálica dobrada em quatro, conformando paredes interligadas por cantos arredondados; dita lâmina tem suas extremidades livres recravadas, sendo lacradas superior e inferiormente por lâminas, as paredes da lata apresentam frisos horizontais paralelos, frisos verticais paralelos ou friso obliquados, os quais em conjunto ou distintamente, aumentam a resistência ao abaulamento durante o enchimento das latas, além de manter o afastamento adequado quando do transporte e armazenagem. 

A história da Prada remonta ao ano de 1876 e à Cidade de Limeira (SP) com a chegada dos pioneiros da família que, vindos da Itália, ali instalaram seu primeiro negócio, um entreposto comercial. No início do século, muito jovem ainda, chegava Agostinho Prada para participar da sociedade. Mais tarde, com o retomo de seus familiares à Itália, o jovem Agostinho passaria a assumir sozinho os negócios do entreposto. Por volta de 1907 ele iniciaria a fabricação de chapéus ainda em Limeira. Depois surgiriam as atividades de geração e distribuição de energia elétrica e de refino de óleos alimentícios. Foi desta última atividade que acabou se originando a Companhia Metalúrgica Prada. Em 1936, sob a denominação de Companhia Refinadora de Óleos Prada, foi fundada na Cidade de São Paulo, no Bairro do Belém, uma refinaria de óleos de oliva, cuja matéria prima era importada da Europa. 

Com a eclosão da II Guerra Mundial, no entanto, foi interrompido o suprimento de óleos brutos europeus e a empresa passou a extrair e refinar óleos alimentícios de caroço de algodão. O envasamento era feito em latas produzidas pela própria empresa que, com o tempo, passou a oferecer seu excedente de produção de embalagens a outros envasadores. Por fim, em 1944 o Sr. Agostinho Prada decidiu encerrar as atividades de refinação de óleos e concentrar-se na produção de embalagens metálicas. O novo negócio logo evoluiu e investimentos foram feitos em novas linhas de embalagens metálicas para atender a crescente demanda dos mercados de tintas e de produtos químicos em geral, assim como os de produtos alimentícios. A empresa mudou sua razão social para Companhia Metalúrgica Prada e em 1963, em face da expansão, transferiu-se para novas instalações no Bairro de Santo Amaro. A Prada, cujo faturamento anual bruto está em torno de R$ 260 milhões, transforma cerca de 95.000 toneladas de folhas metálicas por ano, o que a coloca na posição de maior compradora de laminados para embalagens metálicas da CSN – Cia. Siderúrgica Nacional, único fornecedor nacional de folha de flandres. 

O relacionamento com os clientes está sendo incorporado às ações da Prada, após um processo de reestruturação que levou um ano para ser concluído. De acordo com Marson, em setembro de 2002 a empresa passou para o controle do engenheiro metalurgista Jaime Schreier. No início de 2003, a Prada começou um plano de investimentos de US$ 10 milhões, com previsão para quatro anos, mas já concluído. Segundo Marson, neste plano está incluída a aquisição de linhas de produção e litografia da Real Latas, do Rio de Janeiro e o estreitamento das relações com os clientes. Marson estima que existem três tendências diferentes no mercado de embalagem de aço. Em alimentos, o consumidor procura sistemas que facilitem a abertura e o manuseio. Nos aerossóis, a busca é por um desenho diferenciado. No caso das tintas e produtos químicos, a tendência será de latas com abertura e fechamento facilitado. Atualmente, a Prada detém 35% do mercado de embalagens de aço. Após a reestruturação e as medidas de marketing, o objetivo é ganhar market share para ampliar o volume de vendas. Só o consumo de folha de flandres – o aço laminado usado em embalagens -, Marson acredita que poderá aumentar em 50% até o ano que vem. 

Fonte: 
http://www.quimica.com.br/revista/qd404/embalagens1.htm
 
http://www.prada.com.br/frhistor.htm
 
acesso em dezembro de 2002
“Fabricantes de latas ganham com inovação” Fonte:PANORAMA BRASIL 04/09/03
 
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