A presente invenção cria um sistema de construção de um motor vaivém constituido por somente uma peça móvel de material magnético, atraído alternadamente por dois eletroimãs, ora atraído num sentido por um eletroimã, ora atraído em sentido oposto pelo outro, gerando um movimento motor de vaivém gerenciado em seu curso por sensores e um sistema eletrônico que comuta semicondutores alternadamente energizado os eletroimãs. Sua configuração mecânica pode ser um cilindro hermético com um êmbolo com movimento mecânico de vaivém criando em um só conjunto máquinas para diversas finalidades, moto-compressores heméticos, moto-bombas, etc. Pode ser configurado também por um conjunto aberto com movimento retilíneo, pendular ou semicircular para diversas finalidades, acoplando-se a carga a uma haste ou eixo solidário com a peça móvel.
Na figura ao lado, vê-se um cilindro hermético C1 que é construído com material não magnético. Envolvendo o cilindro estão os eletromagnetos representados por duas bobinas B1 e B2, dentro do cilindro está o pistão P1 constituído de um eletroímã com polarizações N e S. S1 e S2 são sensores de quaisquer tipos. Comandam circuitos de chaveamento eletrônico enviando um pulso sempre que o pistão P1 chega ao final de seu curso. Em um primeiro instante, quando é ligada a corrente o pistão P1 é atraído para dentro da bobina B2, quando atinge o final do curso, o sensor S2 envia um pulso para o circuito de chaveamento que desliga B2 e liga B. Isto faz com que o pistão seja atraído em sentido contrário para dentro de B1 e, da mesma maneira, quando atingir S1será enviado um pulso que comandara o desligamento de B1 e ligará B2. O ciclo continua até ser desligada a corrente do circuito.
Na figura ao lado, vemos o esquema completo do motor, CI-1 é um controle eletrônico que recebe em sua entrada E1 os pulsos dos sensores S1 e S2, sempre no instante em que o pistão P1 os atua por proximidade. CI-1 pode ser substituído por sistemas de chaveamentos informatizados com programas específicos para varias utilidades. B1 e B2 neste sistema apresentado, são alimentados por corrente contínua através dos tiristores TR1 e TR2 que são comandados pelo circuito de chaveamento CI-1.
As câmaras de compressão dispõem das válvulas V1, V2,V3 e V4 que comandam as entradas e as saídas dos gases, tais e quais as válvulas de compressores comuns, podem ser de palhetas ou outros tipos. Podem ser ligados comprimindo a mesma fonte de gás, funcionam independentes, e somam seus volumes, como mostrado na figura ao lado. O funcionamento é em dois tempos, em um primeiro tempo o pistão se desloca para esquerda V1fecha e V3 se abre e o gás é empurrado pela saída S do tubo. neste mesmo tempo, V2 abre e aspira o gás pela entrada comum E. Em um segundo tempo, em que o pistão se desloca para direita, V1abre e aspira o ar ou gás pela entrada comum E, V2 fecha e V4 se abre e o gás é empurrado pela saída S.
Todos os compressores mostrados têm a mesma configuração de bombas para líquidos, isto é, funcionam da mesma maneira, só que em vez de ar ou gás, funcionam com diversos tipos de líquidos. Como o sistema funciona por magnetismo, os pistões continuam sofrendo a mesma força de atração e repulsão dos eletromagnetos, haverá sim uma perda de rendimento porque por mais fina a película que encobrir cilindro e pistão, aumentara a distância entre os eletromagnetos e os imãs permanentes. Uma grande vantagem da invenção é que o ciclo, ou curso dos pistões é completado independentemente das velocidades envolvidas. Este fato tem como conseqüência que a viscosidade do liquido bombeado não faz cessar o funcionamento do sistema. O curso dos pistões só é invertido quando algum dos pistões chega efetivamente ao final de seu curso, e somente nesta condição é que irá atuar o sensor que comanda o chaveamento. Isto permite ao sistema várias vantagens, sendo uma delas permitir bombear líquidos tão espessos como graxa. Em configurações para uso em ferramentas, o pistão é montado em uma haste que ultrapassa uma ou as duas tampas dos cilindros, serve para impulsionar máquinas as mais diversas, como serras tico-tico, martelos, marteletes, controle industrial, robótica, etc.
O inventor Henrique Antonio Lavigne de Macedo, nasceu em Itaqui, Rio Grande do Sul em 1942. Seu avô Henrique Lavigne era francês e inventor. Henrique começou a trabalhar com mecânica de motos e depois com uma frota de caminhões, que lhe valeram amplos conhecimentos de mecânica diesel e motivaram algumas invenções. Aos 29 anos iniciou, também por conta própria, a trabalhar com mecânica pesada, terraplanagem, construções de barragens e estradas, com tratores de esteiras, moto scrapers e caminhões basculantes. Trabalhou até 1978 sempre por conta própria e com maquinário usado, o que lhe valeu mais e mais conhecimentos de mecânica, soldas, adaptações, reformas, etc. Em 1978 iniciou os estudos com eletrônica, feitos por correspondência, o que acabou despertando novas invenções também nesta área: “Assim surgiu minha idéia do motor vaivém, com meu conhecimento de SCR’s e TRIACS passei a estudar uma aplicação para esta comutação tão rápida e capaz de altas amperagens. Isto é o principio básico, é a idéia inicial, daí a mente trabalha e vai juntando os pedaços do grande Quebra-cabeça. É como pesquisar em uma mina abandonada de diamantes, pesquisar na terra já examinada e jogada fora se pode encontrar alguma pedra rara que alguém deixou escapar”
Apesar de ainda não ter nenhuma de suas 28 patentes comercializadas, ele descreve a importância de uma carta-patente: “Do deposito da patente até a expedição da carta patente são longos anos. Até a expedição da carta patente você não tem absolutamente nada. São anos em que você tem uma invenção e apenas uma expectativa de comercialização. Não vale um centavo sequer. Enquanto sua idéia e invenção for somente uma expectativa de um futuro direito, ninguém poderá dar crédito a ela e, muito menos, dinheiro” . O inventor desfaz alguns mitos, como os de que uma vez concedida a carta-patente o sucesso comercial estaria garantido: “muitos acham que a patente lhe dá o direito de explorar comercialmente esta invenção, não é isso, a patente proíbe qualquer outra pessoa de fazê-lo. Você é o único que não está proibido de fazê-la. Uma vez emitida sua carta patente parece que você tem o aval do INPI, parece que o INPI está garantindo seu funcionamento, sua performance, e até mesmo sua fácil e rendosa comercialização.”
Fonte: http://site.voila.fr/henriquelavigne
acesso em outubro de 2002
http://www.geocities.com/lavigne2br/
acesso em maio de 2009
Agradeço a colaboração do inventor Henrique Lavigne (lavigne2@bol.com.br) na redação deste texto de novembro de 2002
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